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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

C'EST CHIC



Aproveite a Festa de Passagem do Ano, que o Espaço Karnart lhe propõe, eles não so são o espaço mais alternativo de Lisboa, como têm a melhor produtora de eventos do momento Su Amaral...

Entre em grande estilo na Rua da Escola de Medicina Veterinária nº 21 em Lisboa a Picoas

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

/Teatro

O Mundo é a Nossa CasaDom: 11h30
Com interpretações de Natacha Paulino, Márcio Oliveira e David Mesquita, que se popularizou com a personagem “pulga” de Morangos com Açucar, este espectáculoconta a aventura de uma criança que poderia ser qualquer um de nós. Um espectáculo comovente e poético sobre os problemas ecológicos e a necessidade de mudar o Mundo em que vivemos para algo melhor.

Kabuki - Centro de Artes
Endereço: Rua Newton, 10 B1170-276 LisboaTelefone: 210 994 142Fax: 217 700 072Internet: http://www.kabuki.pt/E-Mail: mailto:escola@kabuki.pt%3Cbr%3Ewebmaster@kabuki.pt

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

sábado, 6 de dezembro de 2008

Feliz Natal 2008


Este blogue encerrará de 07/12/08 a 01/01/09

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Stelinha


Se realizar e lançar um longa-metragem hoje no Brasil ainda é tarefa aventuresca, que dirá no finalzinho da década de 80, quando era chique se unir a máxima de que “filme brasileiro só tem palavrão” com a conclusão de que a combalida Embrafilme havia se tornado um elefante branco. Talvez por isso “Stelinha” (1990) reúna uma surpreendente ficha técnica (roteiro de Rubem Fonseca, direção de Miguel Faria Jr., interpretação de Ester Góes – dublada nas canções por Adriana Calcanhoto), na certeza de que um filme é um filme, mas um grande filme em um país mesquinho e atônito exigiria a maior tour de force possível.Passados dezesseis anos (um a mais de quando os brasileiros se esquecem de tudo ocorrido nos quinze anteriores, na definição precisa de Ivan Lessa), o resultado de “Stelinha” ainda permanece atual e interessante. O drama da cantora (Esther Góes) ex-famosa no ocaso da vida, devendo três meses de aluguel em um apartamento cacarecado e pulando de pileque em pileque, é quase um estereótipo universal – mas que, em mãos pouco hábeis, poderia soar caricato e involuntariamente cômico.Não é o caso de Miguel Faria Jr., que em 1979 assinou um dos maiores filmes brasileiros, “República dos Assassinos”. Faria Jr. leva com segurança as idas e vindas de Stelinha, criatura de outro tempo e habitando um mundo néon-realista onde não se encaixa. O conflito central gira em torno da dissolução de sua personalidade e a tentativa ingênua de Eurico (Marcos Palmeira), de salvar a “estrela”, fazê-la voltar a gravar e devolver-lhe uma réstia de amor-próprio impossível.Como gene de um roteiro de Rubem Fonseca os personagens são de uma crueldade fora do comum. Não há margens de dúvidas sobre Stelinha, ela está em queda livre. Assim como não restam dúvidas sobre Eurico – bem intencionado, mas envolvido pela personalidade borderline da cantora – e as namoradas do rapaz (Lília Cabral e Ana Beatriz Nogueira) – pragmáticas e egoístas. Essa rigidez – que nem por isso escorrega em simplificações – ajuda a manter o fio condutor da trama e cria o tipo de interesse mórbido que também seduz outros textos do famoso escritor: afinal, até onde vai o fundo do poço?Descobre-se muito rapidamente que Stelinha não abraça tréguas. Bebe horrores antes de um teste para uma nova gravadora, hospeda vagabundos no apartamento revirado e termina violentada por um grupo de mendigos (!). Expurga esse lado menos brilhante com eventuais passagens onde é homenageada por fãs no subúrbio (cantando “Qui nem Jiló” de Luiz Gonzaga) e sendo recebida ainda como uma estrela em gafieiras modestas.Pulando o calvário, o filme se sustenta pelo choque óbvio de gerações. Eurico, apaixonado por rock, diz que a música não tem fronteiras; Stelinha, em um nacionalismo regresso, torce o nariz para a mistura do samba com ritmos “estrangeiros”. Fica logo delimitado que se Eurico admira Stelinha, ela em contrapartida apenas depende dele cada vez mais, em uma ternura torta que não se sustentaria se suas expectativas de vida fossem mais promissoras.“Pena que essas flores murcham logo.” A frase dita entre lágrimas, seguida pelo esgar otimista “Eu preciso de uma chance. Uma só”, resumem a gangorra que pessoas narcísicas enfrentam quando postas à prova. Famosas ou não, o mundo está cheio delas, e assim o filme merece ser visto também como o drama humano de quem perdendo o trem da história, abdica aos poucos de quase tudo.Sob esse ângulo, “Stelinha” cresce e contraria a opinião de alguns críticos da época – que enxergaram nele mais defeitos do que as qualidades presentes nos blockbusters de ocasião. E permaneceu em cartaz pouquíssimo tempo, a despeito de ter ganho doze Kikitos no Festival de Gramado.

Dj Serra feat Natalia Andrade - O Nosso Amor é Verde